EDUCAR A VIDA PARA A MORTE
Por Francinaldo Rafael
francinaldorafael@uol.com.br
O Espírito André Luiz, através da psicografia do médium espírita Chico Xavier, relata suas impressões pós-túmulo. Despertando em zonas inferiores, estava com a certeza de não mais pertencer ao mundo dos encarnados. Perdera a noção do tempo e de rumo. Onde estaria o lar, a esposa, os filhos? A importância da religiosidade surgia profundamente. Começava a perceber que alguma coisa permanece acima da intelectualidade. Seria a fé, manifestação divina ao homem. Pena que essa constatação lhe surgia tardiamente.
Filho de pais que o trataram com generosidade excessiva, conquistou os títulos universitários sem grandes sacrifícios. Compartilhou os vícios da juventude da sua época. Casou, vieram os filhos, buscou uma situação econômica estável. Gozou os bens e bênçãos que a vida lhe proporcionou, mas não retribuiu. Deliciava-se com as alegrias em família, mas esquecia-se de estender essa dádiva a outros. Agora, do outro lado da vida, a consciência acusava-o; fazendo-lhe experimentar a noção do tempo perdido. Não desenvolveu os princípios divinos que Deus coloca na alma de cada um.
E o que fazer nessa hora? Não sabia a quem recorrer. Percebeu que toda a intelectualidade adquirida no mundo não poderia alterar a realidade. Foi preciso ter conhecido em região inferior no Mundo Espiritual, o remorso, a humilhação, a desventura, para surgir um raio de esperança. Começou a pensar que deveria existir um Autor da Vida. Reunindo as forças que lhe restavam, rogou ao Pai Supremo que lhe viesse em socorro. A chuva de lágrimas lhe banhou o rosto. Não sabe quanto tempo durou a rogativa. Um enviado dos Céus surgiu e falou-lhe: - Coragem, meu filho! O Senhor não te desampara.
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Francinaldo é estudante de jornalismo, e atual sub-coordenador de Comunicação Social
da Creoeste. Escreve a coluna Enfoques Espíritas toda terça-feira no jornal O Mossoroense.
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