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"O vazio absoluto existe em alguma parte no espaço universal?
Não, nada é vazio. O que imaginais como vazio é ocupado por uma matéria que escapa aos vossos sentidos e aos vossos instrumentos."

(Questão 36 do Livro dos Espíritos)

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terça-feira, 15 de junho de 2010

EDUCAR A VIDA PARA A MORTE

Por Francinaldo Rafael
francinaldorafael@uol.com.br


A vida não acaba nunca. Nem mesmo quando fechamos em definitivo os olhos físicos. A morte é apenas um sopro renovador. O corpo é apenas uma roupa. Nossa jornada é como um rio que corre para o mar e, ao longo do caminho, vai recebendo afluentes, arrastando areia... Não se sabe quantas vezes cada criatura precisará renascer. Por isso é preciso aprender a morrer. E isso depende da forma como se vive.

O Espírito André Luiz, através da psicografia do médium espírita Chico Xavier, relata suas impressões pós-túmulo. Despertando em zonas inferiores, estava com a certeza de não mais pertencer ao mundo dos encarnados. Perdera a noção do tempo e de rumo. Onde estaria o lar, a esposa, os filhos? A importância da religiosidade surgia profundamente. Começava a perceber que alguma coisa permanece acima da intelectualidade. Seria a fé, manifestação divina ao homem. Pena que essa constatação lhe surgia tardiamente.

Filho de pais que o trataram com generosidade excessiva, conquistou os títulos universitários sem grandes sacrifícios. Compartilhou os vícios da juventude da sua época. Casou, vieram os filhos, buscou uma situação econômica estável. Gozou os bens e bênçãos que a vida lhe proporcionou, mas não retribuiu. Deliciava-se com as alegrias em família, mas esquecia-se de estender essa dádiva a outros. Agora, do outro lado da vida, a consciência acusava-o; fazendo-lhe experimentar a noção do tempo perdido. Não desenvolveu os princípios divinos que Deus coloca na alma de cada um.

E o que fazer nessa hora? Não sabia a quem recorrer. Percebeu que toda a intelectualidade adquirida no mundo não poderia alterar a realidade. Foi preciso ter conhecido em região inferior no Mundo Espiritual, o remorso, a humilhação, a desventura, para surgir um raio de esperança. Começou a pensar que deveria existir um Autor da Vida. Reunindo as forças que lhe restavam, rogou ao Pai Supremo que lhe viesse em socorro. A chuva de lágrimas lhe banhou o rosto. Não sabe quanto tempo durou a rogativa. Um enviado dos Céus surgiu e falou-lhe: - Coragem, meu filho! O Senhor não te desampara.

É necessário que nos eduquemos na vida para a morte. É importante evitar o caminho da amargura, do egoísmo, da violência... Assim, sugere André Luiz: "Acendei vossas luzes antes de atravessar a grande sombra. Buscai a verdade, antes que a verdade vos surpreenda. Suai agora para não chorardes depois".

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Francinaldo é estudante de jornalismo, e atual sub-coordenador de Comunicação Social
da Creoeste. Escreve a coluna Enfoques Espíritas toda terça-feira no jornal O Mossoroense.


Leia mais...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Em visita a uma instituição Espírita

Circulou no mês passado uma notícia sobre parte da delegação do time do Santos que se recusou a descer do ônibus por ocasião da entrega de um donativo à instituição.

Veja agora um comentário muito bom sobre o assunto.

No Brasil , futebol é religião...
Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo, ou mesmo se você trem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixam de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.

Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina – ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.

Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho.



Ed René Kivitz é teólogo, escritor e pastor. Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo. Seu livro Vivendo com propósitos, está na terceira edição, com mais de 30.000 cópias vendidas. Desde 1989 desenvolve seu ministério pastoral na Igreja Batista de água Branca, em São Paulo, Capital. Publicou também pela editora Mundo Cristão o livro Outra espiritualidade, já em sua 2ª edição. É casado com Silvia Regina, com quem tem dois filhos, Vitor e Fernanda.

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terça-feira, 15 de junho de 2010

EDUCAR A VIDA PARA A MORTE

Por Francinaldo Rafael
francinaldorafael@uol.com.br


A vida não acaba nunca. Nem mesmo quando fechamos em definitivo os olhos físicos. A morte é apenas um sopro renovador. O corpo é apenas uma roupa. Nossa jornada é como um rio que corre para o mar e, ao longo do caminho, vai recebendo afluentes, arrastando areia... Não se sabe quantas vezes cada criatura precisará renascer. Por isso é preciso aprender a morrer. E isso depende da forma como se vive.

O Espírito André Luiz, através da psicografia do médium espírita Chico Xavier, relata suas impressões pós-túmulo. Despertando em zonas inferiores, estava com a certeza de não mais pertencer ao mundo dos encarnados. Perdera a noção do tempo e de rumo. Onde estaria o lar, a esposa, os filhos? A importância da religiosidade surgia profundamente. Começava a perceber que alguma coisa permanece acima da intelectualidade. Seria a fé, manifestação divina ao homem. Pena que essa constatação lhe surgia tardiamente.

Filho de pais que o trataram com generosidade excessiva, conquistou os títulos universitários sem grandes sacrifícios. Compartilhou os vícios da juventude da sua época. Casou, vieram os filhos, buscou uma situação econômica estável. Gozou os bens e bênçãos que a vida lhe proporcionou, mas não retribuiu. Deliciava-se com as alegrias em família, mas esquecia-se de estender essa dádiva a outros. Agora, do outro lado da vida, a consciência acusava-o; fazendo-lhe experimentar a noção do tempo perdido. Não desenvolveu os princípios divinos que Deus coloca na alma de cada um.

E o que fazer nessa hora? Não sabia a quem recorrer. Percebeu que toda a intelectualidade adquirida no mundo não poderia alterar a realidade. Foi preciso ter conhecido em região inferior no Mundo Espiritual, o remorso, a humilhação, a desventura, para surgir um raio de esperança. Começou a pensar que deveria existir um Autor da Vida. Reunindo as forças que lhe restavam, rogou ao Pai Supremo que lhe viesse em socorro. A chuva de lágrimas lhe banhou o rosto. Não sabe quanto tempo durou a rogativa. Um enviado dos Céus surgiu e falou-lhe: - Coragem, meu filho! O Senhor não te desampara.

É necessário que nos eduquemos na vida para a morte. É importante evitar o caminho da amargura, do egoísmo, da violência... Assim, sugere André Luiz: "Acendei vossas luzes antes de atravessar a grande sombra. Buscai a verdade, antes que a verdade vos surpreenda. Suai agora para não chorardes depois".

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Francinaldo é estudante de jornalismo, e atual sub-coordenador de Comunicação Social
da Creoeste. Escreve a coluna Enfoques Espíritas toda terça-feira no jornal O Mossoroense.


terça-feira, 1 de junho de 2010

Em visita a uma instituição Espírita

Circulou no mês passado uma notícia sobre parte da delegação do time do Santos que se recusou a descer do ônibus por ocasião da entrega de um donativo à instituição.

Veja agora um comentário muito bom sobre o assunto.

No Brasil , futebol é religião...
Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo, ou mesmo se você trem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixam de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.

Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina – ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.

Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho.



Ed René Kivitz é teólogo, escritor e pastor. Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo. Seu livro Vivendo com propósitos, está na terceira edição, com mais de 30.000 cópias vendidas. Desde 1989 desenvolve seu ministério pastoral na Igreja Batista de água Branca, em São Paulo, Capital. Publicou também pela editora Mundo Cristão o livro Outra espiritualidade, já em sua 2ª edição. É casado com Silvia Regina, com quem tem dois filhos, Vitor e Fernanda.

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