Por: Adão Araujo.
A fantástica história do piloto que, ao atravessar o Oceano Atlântico
pilotando um avião, teve a ajuda direta dos espíritos no comando da
aeronave.
Charles Lindbergh, aos 25 anos, já era piloto veterano do
correio-aéreo e capitão da reserva da aeronáutica. Na esperança de
abocanhar um prêmio de 25 mil dólares oferecido por Reymond Orteig
(hoteleiro de Nova Iorque) para quem vencesse num só reide, e sem
escalas, a distância de 3.600 milhas que separam Nova Iorque de Paris,
aceitou o desafio e, em 28 de fevereiro de 1926, iniciou assessorado por
engenheiros mecânicos, técnicos e outros profissionais, a fabricação de
um avião monomotor, com o qual tentaria realizar a aventura.
A fabricação do aparelho, um Ryan munido de tanques especiais,
motor Wright Whirlwind de 220 HP, não tinha faróis, calefação, piloto
automático nem dispositivos para derreter o gelo. As asas eram de
madeira e pano. Não obstante, entrou para as páginas da história e
elevou o seu piloto aos píncaros da glória.
Esforços sobre-humanos de toda a equipe e amigos interessados
permitiram concluir a construção do monoplano e, em 12 de maio de 1927,
chegar a Curtiss Field, em Long Island. Já por essa época, Lindbergh
meditava solitário se um poder Superior não estaria dando cobertura à
sua aventura, tendo em vista as enormes dificuldades enfrentadas e
vencidas até aquela data.
Justamente naquela mesma semana, os pilotos Nugesse e Coli
tentando realizar a façanha haviam desaparecido no mar. Os pilotos
Chamberlain e Levine, também se preparavam para decolar de Nova Iorque. A
morte e a desgraça já haviam eliminado outros concorrentes.
Charles Lindbergh em momento de inspiração deu ao seu avião o nome de
Spirit of Saint Louis.
Quando ele subiu à cabine às 7:40h da manhã, o aviador não havia
dormido nas 24 horas anteriores e iria lamentar isso cada vez mais nas
horas seguintes. A decolagem foi difícil e ele escreveu: "Por volta das
7:45h foi dada a partida ao motor e às 7:52h alcei vôo rumo a Paris".
As multidões passaram a acompanhar quase sem fôlego a sorte do jovem piloto. As 19:15h chegou a notícia de que o
Spirit of Saint Louis passara por Saint John na Terra Nova.
Agora, sobre a enorme vastidão do mar escuro, o piloto solitário
dispunha-se a enfrentar a maior batalha de sua vida: tempestades,
névoas e gelo lutavam contra ele. Às 18 horas de distância de Nova
Iorque, percorrida metade do caminho, o sol levantou-se no Velho Mundo.
Lindbergh sabia que já não podia voltar atrás. Nesse instante uma nova e
terrível luta se travou. Precisava dormir. Ele sacudia a cabeça, batia o
rosto contra a palma da mão, remexia-se para se distrair. As paredes da
cabine de pano, sem pintura, confundiam-se com as nuvens cinza ,
produzindo um efeito paralisante.
Foi então que aconteceu !
Em seu livro "The Spirit of Saint Louis" descreve sua luta
contra o sono e a fadiga, um relato de sua inconsciência durante o vôo,
quando uma simples distração provocaria a queda fatal. Lindbergh narra,
então, como formas espirituais entraram no avião e que sem a
participação Deles nunca teria chegado à Paris. Um espírito guia o
ajudava a afastar o sono. Era uma força invisível que o arrancava dos
abismos do sono. E descreve como voou quase automaticamente: o avião se
desviava de seu rumo, o Espírito guia trazia-o de volta ao estado de
consciência.
Lindbergh escreve:
"Embora eu não tire os olhos dos instrumentos, durante um tempo
que me parece estranho, ao mesmo tempo cheio de sono, a cabine se enche
de presenças fantásticas (...) não sinto surpresa nem medo ao vê-las,
sem virar a cabeça, eu as vejo tão claramente como se meu crânio se
tornasse um olho que vê por todos os lados ao mesmo tempo. Agora são
muitos em torno de mim... e me falam com uma voz forte, mais forte que o
ruido do motor. Suas vozes me aconselham sobre o vôo, discutem
problemas de navegação, corrigindo e dando-me orientação de
extraordiária importância. A distância entre Nova Iorque e Paris já não
importa, meu corpo deixou de ter peso. Esses Espíritos parecem
constituir numa reunião de familia e de amigos, depois de anos de
separação entre nós, como seu os tivesse conhecido antes, em uma
encarnação anterior."
Finalmente, após horas dessa companhia espiritual, Lindbergh
chega à Paris. Foi uma apoteose. Depois retorna aos Estado Unidos como
herói. Seu vôo foi importantíssimo para o progresso da aviação e seu
sucesso deveu-se inegavelmente à cooperação direta dos espíritos.
Fonte:
Espirit book